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Mais livros no metro

Escrevi num  post  em junho que reparo os títulos dos livros que pessoas leem no metro.  Adoro a promiscuidade de interesses: desenvolvimento pessoal, livros do booktok, espiritualidades, romances clássicos russo, odisseias eróticas. Nos dias atipicos em que vejo dois ou três livros na carruagem à minha volta, parece uma biblioteca ambulante. Calam-se! Não incomodem os leitores.  sexta-feira 21 junho, 22.31  Fyodor Dostoyevsky, White nights  (versão inglesa)  terça-feira 2 julho, 17.50  Colleen Hoover, Tarde demais  quarta-feira 3 julho, 10.11  David Foster Wallace, A piada infinita segunda-feira 9 julho, 08.12 Kiera Cass, A seleção   terça-feira 9 julho, 19.17  Sergio Viega, O quente aconchego da mãe negra sexta-feira 12 julho, 08.29 Robert Kiyosaki, Pai rico, pai pobre   Aldous Huxley, Admirável mundo novo segunda-feira 2 setembro, 08.49 Carla Madeira, Tudo é rio quarta-feira 4 set...

Livros no metro

São poucas as pessoas que leem no metro. As atividades preferidas para os meus companheiros de viagem estão centradas no telemóvel: videojogos, chamadas, whatsapp, música, verificando o próprio cabelo na selfie câmara. Mesma coisa para mim - mando mensagens, partilho imagens. Há sempre mais para fazer.  Mas existem uns indivíduos marcantes que tragam um livro. Mal vejo um livro no metro, quero saber mais: autor, título, idioma. O que me atrai nos livros é que o trabalho já foi feito. As ideias já são escritas, organizadas, preparadas e têm agora uma serenidade poderosa; são como um grupo de atores alguns minutos antes do espetáculo.  Na semana passada tive sorte; vi um livro cada dia (ou, pelo menos, todos os dias úteis): s exta-feira 14 junho 2024, 09:35 Freida McFadden, A Criada segunda-feira 17 junho 2024, 07:50 Harley Laroux, Her soul for revenge (versão inglês) terça-feira 18 junho 2024, 08:20  George Orwell, 1984 (versão português) quarta-feira 19 junho 2024, 07:59 ...

Longevidade e resiliência

~  Aviso: este post é cerca de 1.300 palavras, mais do que o habitual para este blogue. Ponha-se à vontade antes de começar a ler. Livraria Velhotes fica apenas 15 minutos a pé de onde eu vivo: vire à esquerda no fim da minha rua, passe a casa em ruínas com as cabras no jardim, passe pelo jardim de infância, pelo campo de futebol, estúdio de jujitsu, Águas de Gaia e, pouco antes de chegar à grande escola secundária, a livraria fica à sua esquerda.  Um dos sócios da livraria, Pedro Carvalho, falou-me sobre a história, o espírito e a prática da livraria. Nesta transcrição editada da entrevista, Pedro fala da sobrevivência financeira, da publicação em Portugal e da relação entre uma livraria e a sua comunidade.  Lawrence : Como poder sobreviver uma livraria independente neste altura da empresas multinacionais e livrarias online? Pedro : Em Vila Nova de Gaia as livrarias de livros novos e de livros usados foram, com o decorrer do tempo, desaparecendo.  Vila Nova de...

Feira do livro primeiro parte / The book fair part 1 (texto português + English text)

Numa sexta-feira de agosto fomos dar um passeio num parque que não tínhamos visitado antes. Estávamos a conhecer novos lugares na cidade. Encontrámo-nos no meio da Feira do Livro do Porto . Não sabemos. Encontrei la inesperadamente. Que bom: entrada gratuita, caminhar por uma avenida de árvores, livros em grandes quantidades sob a luz do sol. Alegria. Uma feira não é uma biblioteca. Os livros são organizados por editora, não por assunto ou género. A banca de cada editora é como uma reunião familiar no Natal - livros que são muito diferentes, reunidos devido às suas origens comuns.  Uma feira não é uma biblioteca. Mas numa feira pode ler sem pagar, pode ler sem possuir o livro: pegue-o, leia-o, ponha-o de volta.  O Presidente Marcelo Rebelo de Sousa também esteve lá nessa sexta-feira. Ele perguntou a toda a gente Já comprou um livro hoje? ( Jornal de Noticias, 27 de agosto, p36). Mas comprar livros não é a coisa mais importante. O mais importante é lê-los. Lê-los e descobrir n...