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Showing posts from December, 2022

Conhecimento cultural / Cultural knowledge

Há dois anos que aprendo português, e actualmente posso manter uma conversa. A maior parte da informação básica passa, mas não as coisas mais finas. Se alguém faz uma piada, normalmente não a percebo. Se alguém começa a falar de um novo assunto, estou perdido. Outra área onde sou deixado para trás é no meu conhecimento cultural, especificamente as personalidades conhecidos que se espalham pelos as nossos ecrãs. No meu próprio país sei o que muitas destas figuras públicas são usadas para representar: Lenny Henry é diversão, coração, generosidade ou esperança; Shami Chakrabarti é determinação, aprendizagem, superioridade, o partido Labour; Beckham é elegância, masculinidade, Cool Britannia, ou engano.  É como as cartas de tarot, os significados oferecidos por cada um depende do que é colocado ao seu lado e da ordem em que aparecem do baralho de cartas. Quando se vêem estas figuras públicas durante muitos anos, parece fácil saber o que elas representam. Mas se vir uma figura pública p...

A Floresta da língua / The Forest of language

Há tantas palavras para aprender. Algumas centenas que agarrei cedo, mas para além destes há esta vasta floresta de palavras mais ou menos especializadas e mais ou menos úteis ... Estou a ler um livro (em português) para crianças. Cada frase tem pelo menos uma palavra que eu não sei. Algumas delas posso ignorar, mas quando encontro 'resmungar', paro o agradável movimento da historia e utilizo o dicionário. Dá a tradução 'to grumble'. Mas eu já conheço os verbos 'zangar-se' e 'ralhar'. Preciso de 'resmungar' também? Irei alguma vez usá-lo? O estranho é que, quase sempre que conscientemente aprendo uma nova palavra, pouco depois ela vem ao meu encontro nalgum outro contexto.  Um exemplo: a mulher que dá aulas de cerâmica à nossa criança mais velha tem um gato de um olho chamado Filly.  Perguntámos de onde vinha o nome. De 'Filarmónica'. Ele morava atrás do edifício de Filarmónica. É um abandonado . Esta palavra foi nova para mim. Depois com...

Someone else's glories

As he wanders the streets of Porto one night, the hero of Ilse Losa’s novel thinks about the relationship between a foreigner and the buildings that they find themselves amongst. He thinks about how buildings link people to history. And he thinks about the struggles and the glories that a nation waves about like banners: the foreigner may ... like them, find them curious, but the foreigner is not moved or proud. When it’s your own country reciting its struggles and glories, you feel moved, or you feel riled. The public statues to villain-heroes, the songs about the fight for decent working conditions, the noise made about some wars, the silence around others. It’s like family – every discussion has been worked through before. It takes persistence to shift the well-worn patterns, to find new responses to the old arguments.   But when the glories held up before you are those of another country, their power fades away. For the foreigner, the immigrant, these glories are not the re-ap...